GoalBall

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   Foi em junho de 2009 que teve lugar, nas instalações do Clube Atlético e Cultural, a primeira reunião oficial em que o tema principal era o Goalball. Este é o encontro que marca a entrada do Goalball no C.A.C.. É o momento histórico em que o Cultural abraça pela primeira vez um projeto desportivo, completamente inovador no clube, de uma modalidade de desporto adaptado.

   Estavam presentes na reunião, em representação do C.A.C., o Presidente Vítor Cacito e o vice Presidente Leonel Alves. Com o projeto em mãos estávamos nós, os proponentes J. Eduardo Balola e Márcia Ferreira. Fazia ainda parte do encontro Gabriel Vargas, que à data, era fisioterapeuta no clube e apadrinhou este encontro.
   O meu amigo Gabriel, ao saber que eu andava à procura de um clube para desenvolver um projeto de criação de uma equipa de Goalball, achou por bem levar o tema, de forma informal, à direção do C.A.C.. Nesta primeira abordagem, ficou desde logo demonstrado, por parte do presidente, uma enorme curiosidade e interesse em conhecer a ideia mais ao pormenor. Uma semana depois, estávamos nós a entrar pela primeira vez nas instalações do Clube Atlético e Cultural para uma reunião levando o Goalball debaixo do braço.

   Fomos recebidos num ambiente informal e afável que nos fez sentir em casa. Os diretores ouviram atentamente as nossas ideias e leram toda a nossa documentação. Eu e a Márcia acreditava-mos muito naquilo que ali defendia-mos, mas não deixou de consistir uma surpresa para nós a aprovação quase de imediato do nosso projeto. O Cultural abriu as portas de forma oficial, ao Goalball. A partir desse momento, foi tudo muito rápido. Três meses depois já estávamos a treinar a nossa equipa. O projeto consistia na criação de uma equipa de Goalball. Uma modalidade que financeiramente seria autossustentável dentro do clube. Uma forte aposta na procura e apoio de novos atletas e na formação de jogadores direcionados, principalmente, para a vertente competitiva. A componente social estava bem patente.

   Trata-se de uma modalidade coletiva paraolímpica de desporto adaptado direcionada principalmente para deficientes visuais. De início não sabíamos, mas as principais linhas orientadoras que compunham o projeto, o carater social, a prospeção de novos valores e a formação, encachavam na perfeição na filosofia do Clube Atlético e Cultural. Estávamos no momento certo, no clube certo. A palavra de ordem era «mãos à obra». No espaço de três meses reunimos as condições necessárias para iniciar os treinos. Tínhamos mais do que os nove atletas que inicialmente previa-mos, espaços para treinar, uma marca patrocinadora, que nos acompanha até aos dias de hoje, etc.. Tal como ficou abordado na primeira reunião, a equipa não poderia prometer grandes resultados desportivos a curto prazo, pois era um grupo em formação. A promessa era muito trabalho, dedicação, empenho e honrar a camisola do clube que agora representávamos. Mas, o inesperado aconteceu…